sábado, 16 de agosto de 2008

Capítulo 22 – Os Gêmeos

Com a gravidez eu consegui alguns privilégios na prisão, como poder pintar... ... e um banheiro privativo. E foi quando eu estava no banheiro que senti, as primeiras dores do parto. Para minha surpresa eu tive gêmeos, a Telma e o Téo Junior. Com os berços em minha cela, eu passei a cuidar exclusivamente com os cuidados dos bebês ainda mais sendo dois... Téo vinha visitá-los, mas nos nunca nos vimos, uma agente levava os bebês a sala do diretor para ele os ver. Vocês não imaginam o quanto isto me magoava. Saber que ele estava tão perto e não poder vê-lo, senti-lo, tocá-lo... Um ano se passou, as crianças cresceram e meu julgamento se aproximava. Uma noite eu fui chamada a sala do diretor do presídio. Quando entrei vi o Téo arrumando o relógio, ele estava de costa.
Mais lindo do que nunca ele havia deixado o cabelo crescer e estava muito bem alinhado.
Quando ele percebeu que eu entrei na sala, ele se virou.
Nossa como ele está bonito!!!!!
Eu senti meu coração batendo forte no peito.
Afinal, e não o via desde que eu fui presa, há dois anos atrás.
E ao mesmo tempo me senti horrorosa com este uniforme laranja, meu cabelo todo despenteado. E sem contar que eu engordei uns 10 quilos desde que os gêmeos nasceram.
_ Oi Helena! Como você está?
_ Melhor agora que eu estou te vendo. Ah, Téo, você não imagina a saudades que eu estava de você; não vejo a hora de sair daqui para nós voltarmos a ficar juntos e sermos uma família novamente.
_ Creio que isso não será mais possível, Helena.
_ Não diga isso meu amor. Meu julgamento deve ser ainda este mês, e tenho certeza que o juiz vai entender meus motivos.
_ Não tenha muita certeza disto; mas de qualquer forma o assunto que me trouxe aqui é outro. Agora que Telma e Junior estão com um ano, eles devem ir para casa comigo.
_ Vai ser difícil ficar longe deles, eu amo tanto nosso filhos; mas de qualquer forma este não é o lugar certo para eles.
_ Então estamos de acordo sobre isto. Eu devo vir buscá-los na véspera dos seu julgamento, ok?
_ Ok.
Minha vontade era me jogar nos braços do Téo, mas ele aprecia tão distante, mas eu não podia perder a chance de ter meu amado tão perto.
_ Você não vai me abraçar?
E Téo jogou uma bomba que eu não esperava.
_ Não Helena. Ainda tem mais um assunto que quero discutir com você. E este é o principal motivo de eu ter vindo. Eu quero que você assine nosso divórcio.
Por um momento senti o chão fugir aos meus pés.
_ COMO?!? Você falou divórcio? Você quer se divorciar de mim?
_ Isto mesmo, Helena não vejo mais motivos de ficarmos juntos. Eu preciso seguir minha vida e nós não temos mais nada em comum.
_ O que você quer dizer com seguir sua vida? Você tem outra? Quem é ela? Quem é a vadia que você está saindo?
_ Helena isto não vem ao caso. Você não espera que nós continuemos casados depois de tudo o que houve?
_ Como você pode? Depois de todo o que eu fiz pelo nosso amor? Você não pode me abandonar assim!!!!!
_ Helena, você é uma pessoa doente. Você destruiu todo e qualquer amor que eu sentia por você com suas atitudes. Eu não quero ser mais seu marido e ponto.
_ Você está muito enganado se pensa que pode se livrar assim de mim. Jogar-me de escanteio como se eu não fosse ninguém. Eu sou sua mulher, você me prometeu até que a morte nos separe.
_ Quando eu prometi isto eu estava longe de imaginar que você fosse esta louca que você é!!!!!
_ Se você insistir nesta história. Você nunca mais vai ver nossos filhos.
_ Você não tem escolha a guarda das crianças já é minha eles só estão com você, pois precisavam de leite materno. Não há nada eu você possa fazer.
_ É isto o que veremos!!!!
_ O que você quer dizer com isso?
_ Isto mesmo que você entendeu. Se você se separar de mim eu mato nosso filhos e você sabe muito bem que eu sou bem capaz disso.

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