domingo, 24 de agosto de 2008

Capítulo 23 – Agora, eu sou louca!!!!!

Depois de toda a discussão com o Téo. Ele conseguiu levar as crianças embora e eu fiquei só em minha cela. Mas, se ele pensa que pode fazer isto comigo, ele está muito enganado, ele não me conhece.
Nem que demore um século, ele e a vadia com quem ele está saindo vão me pagar, ah se vai!!!!!
No dia seguinte meu pai veio me visitar.
_ Posso saber que doideira foi essa ontem de dizer que mataria seus filhos? Se não bastasse os problemas que você já tem ainda quer arrumar outros?
_ Papai, o Téo não pode fazer isto comigo, não depois de tudo o que eu fiz por nós dois. Eu só queria saber quem é a vadia com quem ele está saindo.
Então meu pai resolveu me contar tudo
_ Você vai saber de uma hora para outra mesmo, então eu prefiro eu contar. Afinal, não tem porque escondermos isto de você.
“Téo está namorando com a Gabriela.... ... ele praticamente se mudou para a casa dela... ... inclusive os gêmeos devem ficar por lá, eles já até decoraram o quarto.” _ O que ele está saindo com aquela !@#$&*@!!!! Saiu da nossa casa???? E a Julinha? "A Julinha foi para uma universidade na França, estudar artes... ... e dança”. “O Leo como você sabe está em Havard... ... parece que aquela namorada que ele tinha foi também, uma tal de Janaina.” _ Ao menos uma notícia boa, Janaina é um excelente partido. Leo faz muito bem de manter este relacionamento. E a julinha está namorando alguém?
_ Até onde eu sei não. Ela nunca mais falou também com o Henrique. Mas, no fundo eu sei que ela ainda sofre por causa dele.
_ Sofre nada pai. A Julinha vai acabar conhecendo a pessoa certa na universidade você verá.
_ Mas, agora voltando a você. Eu falei com o advogado hoje e ela vai alegar insanidade mental.
_ Só por cima do meu cadáver que eu vou deixar me declararem louca!!!!
_ Leninha, minha filha, pense bem! É sua única saída. Se você for considerada louca, poderá sair da prisão e cumprir pena em uma clinica psiquiátrica até estar boa; mas se for considerada normal você vai morrer na cadeia, pois você cometeu dois assassinatos e ainda tentou mais um. Você não tem saída.
_ Ok, se eu não tenho outra opção. Mas, eu vou querer ficar internada em uma clinica chique fui clara? Não agüento mais ficar em espelunca.
_ Vamos ver o que dará para fazermos.
Meu julgamento transcorreu de forma tranqüila, eu praticamente não falei nada. E ao final de tudo fui considerada mentalmente instável.
Isto mesmo na mesma clinica da Juju.
Num quarto muito melhor que o dela por sinal, rsrsrsrs.
Ao menos eu vou ter com que me divertir enquanto fico aqui. Por que vocês sabem que eu não ficarei aqui para sempre, e quando eu sair, o Téo e a Gabriela que se cuidem...

sábado, 16 de agosto de 2008

Capítulo 22 – Os Gêmeos

Com a gravidez eu consegui alguns privilégios na prisão, como poder pintar... ... e um banheiro privativo. E foi quando eu estava no banheiro que senti, as primeiras dores do parto. Para minha surpresa eu tive gêmeos, a Telma e o Téo Junior. Com os berços em minha cela, eu passei a cuidar exclusivamente com os cuidados dos bebês ainda mais sendo dois... Téo vinha visitá-los, mas nos nunca nos vimos, uma agente levava os bebês a sala do diretor para ele os ver. Vocês não imaginam o quanto isto me magoava. Saber que ele estava tão perto e não poder vê-lo, senti-lo, tocá-lo... Um ano se passou, as crianças cresceram e meu julgamento se aproximava. Uma noite eu fui chamada a sala do diretor do presídio. Quando entrei vi o Téo arrumando o relógio, ele estava de costa.
Mais lindo do que nunca ele havia deixado o cabelo crescer e estava muito bem alinhado.
Quando ele percebeu que eu entrei na sala, ele se virou.
Nossa como ele está bonito!!!!!
Eu senti meu coração batendo forte no peito.
Afinal, e não o via desde que eu fui presa, há dois anos atrás.
E ao mesmo tempo me senti horrorosa com este uniforme laranja, meu cabelo todo despenteado. E sem contar que eu engordei uns 10 quilos desde que os gêmeos nasceram.
_ Oi Helena! Como você está?
_ Melhor agora que eu estou te vendo. Ah, Téo, você não imagina a saudades que eu estava de você; não vejo a hora de sair daqui para nós voltarmos a ficar juntos e sermos uma família novamente.
_ Creio que isso não será mais possível, Helena.
_ Não diga isso meu amor. Meu julgamento deve ser ainda este mês, e tenho certeza que o juiz vai entender meus motivos.
_ Não tenha muita certeza disto; mas de qualquer forma o assunto que me trouxe aqui é outro. Agora que Telma e Junior estão com um ano, eles devem ir para casa comigo.
_ Vai ser difícil ficar longe deles, eu amo tanto nosso filhos; mas de qualquer forma este não é o lugar certo para eles.
_ Então estamos de acordo sobre isto. Eu devo vir buscá-los na véspera dos seu julgamento, ok?
_ Ok.
Minha vontade era me jogar nos braços do Téo, mas ele aprecia tão distante, mas eu não podia perder a chance de ter meu amado tão perto.
_ Você não vai me abraçar?
E Téo jogou uma bomba que eu não esperava.
_ Não Helena. Ainda tem mais um assunto que quero discutir com você. E este é o principal motivo de eu ter vindo. Eu quero que você assine nosso divórcio.
Por um momento senti o chão fugir aos meus pés.
_ COMO?!? Você falou divórcio? Você quer se divorciar de mim?
_ Isto mesmo, Helena não vejo mais motivos de ficarmos juntos. Eu preciso seguir minha vida e nós não temos mais nada em comum.
_ O que você quer dizer com seguir sua vida? Você tem outra? Quem é ela? Quem é a vadia que você está saindo?
_ Helena isto não vem ao caso. Você não espera que nós continuemos casados depois de tudo o que houve?
_ Como você pode? Depois de todo o que eu fiz pelo nosso amor? Você não pode me abandonar assim!!!!!
_ Helena, você é uma pessoa doente. Você destruiu todo e qualquer amor que eu sentia por você com suas atitudes. Eu não quero ser mais seu marido e ponto.
_ Você está muito enganado se pensa que pode se livrar assim de mim. Jogar-me de escanteio como se eu não fosse ninguém. Eu sou sua mulher, você me prometeu até que a morte nos separe.
_ Quando eu prometi isto eu estava longe de imaginar que você fosse esta louca que você é!!!!!
_ Se você insistir nesta história. Você nunca mais vai ver nossos filhos.
_ Você não tem escolha a guarda das crianças já é minha eles só estão com você, pois precisavam de leite materno. Não há nada eu você possa fazer.
_ É isto o que veremos!!!!
_ O que você quer dizer com isso?
_ Isto mesmo que você entendeu. Se você se separar de mim eu mato nosso filhos e você sabe muito bem que eu sou bem capaz disso.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Capítulo 21 – Nem tudo está perdido....

E foi assim que eu vim parar atrás das grades, com este uniforme ridículo de presidiária. O duro de se estar presa, é não ter nada para fazer. Depois de muito reclamar, eles me deram alguns livros para ler. Pelo menos podia me distrair com alguma coisa. Nem para ir ao banheiro temos privacidade o vaso sanitário fica dentro da própria sela. Alguns dias depois de presa e comecei a ter enjôos freqüentes. Inicialmente, pensei que fosse devido a gororoba que a gente come por aqui. Mas, alguns dias depois descobri o porque dos enjôos freqüentes, eu estava grávida.
O bom de estar grávida é que não preciso mais usar aquele uniforme amarelo ou laranja horríveis, não que esta roupa de grávida seja melhor.
Desde que eu fui presa vivo em constante solidão, nem o Téo e nenhum dos meus filhos veio me visitar. A única pessoa que veio me visitar este tempo todo foi meu pai.
_ Pai, você sabe porque o Téo não vem me ver? Será que ele não se importa com minha gravidez?
E meu pai como sempre tentava colocar panos quentes
_ Filhinha, o Téo anda muito ocupado; ele esta viajando muito a negócios nos últimos dias.
_ Negócios, negócios, negócios... e eu? E nosso filho? Será que ele não pensa em nós?
_ Leninha, minha filha, tente ser compreensiva. Tudo isto está sendo um choque muito grande para nós todos.
_ E como você acha que eu me sinto trancafiada aqui? Sem nada para fazer o dia todo? Sem ninguém para conversar? Com um marido que nem liga para nosso filho?
_ Agora você está sendo dramática filha? Você não quer saber da Julinha e o Leo?
Tenho que ser honesta que nem ligo muito para meus filhos, eu queria mesmo que o Téo viesse me ver.
_ Ok, papai! Como as crianças estão?
_ Bom, Leo não voltou mais dos EUA resolveu ficar por lá mesmo inclusive depois de todo o escândalo em relação a você. Já Julinha está sofrendo como nunca por causa do Henrique, ainda mais agora que a Gabriela está intervindo.
Isto realmente chamou minha atenção
_ Como assim?
Então papai contou-me os detalhes...
“Logo que você foi presa, Julinha foi visitar a Gabriela”
_ Oi, tia Gabi. Como você está?
_ Eu estou melhor, minha querida. Mas, entre vamos nos sentar.
_ Ainda bem que você está normal comigo, eu pensei que...
_ Julinha, eu sei separar as coisas. Você não tem culpa nenhuma pelo ocorrido. E como você está se sentindo em relação a tudo isto? Em saber que o Téo é seu verdadeiro pai?
_ É muito estranho. Eu sempre convivi muito com o Téo e o adoro, mas eu ainda sinto como se o Roni fosse meu pai, sei que é estranho, pois nos últimos anos eu convivi mais com o Téo em casa que com meu pai, mas...
_ Não vejo nada de estranho nisto. Eu sei o quanto você era apegada ao Roni, não tinha um dia que vocês não se falassem e isto um exame de DNA não pode mudar.
_ Não, não pode.
_ Mas, eu sinto que tem algo mais por trás da sua tristeza.
_ Tem sim, tia. Agora que eu pensei que o Rick eu fossemos nos acertar, ele não quer nem mais falar comigo. Diz que a culpa é nossa, que se nós nunca tivéssemos...
_ Entendo....
_ Tia Gabi, que queria que você falasse com ele. Afinal nos não tivemos culpa alguma do ocorrido.
_ Eu sinto muito Julinha. Mas, eu não poderia te ajudar...
_ Mas, porque não?
_ Eu não culpo vocês por nada disso. Vocês não têm culpa alguma da loucura da sua mãe. Ela certamente é uma pessoa doente, e só Deus sabe quantas atrocidades mais ela poderia fazer na vida. Mas, eu criei o Rick como a um filho. Eu entendo o sofrimento dele, o sentimento de culpa. Pois é mais que a morte do pai, eles nunca mais se falaram após aquela noite, o Rick saiu daqui brigado com o pai. Eles nunca mais terão a chance de fazerem as pazes. E isto sempre será uma sombra no relacionamento de vocês, vocês nunca conseguiram ser felizes com tanto sofrimento que esta história trouxe para vocês. _ Tia Gabi, mas nós nos amávamos tanto. Ele não pode simplesmente...
_ Eu sei minha querida. Mas, neste caso é tanta dor, remorso e culpa; que eu prefiro ver o Rick com outra pessoa que poderá trazer novas esperanças a vida dele do que vê-lo contigo e com a sombra de tudo que aconteceu com a história de vocês.
_ Eu, eu só pensei...
_ Não me leve a mal Julinha. Eu gosto muito de você e espero que você também consiga superar tudo isto e encontre alguém que te faça feliz sem tanto peso e culpa como é a história de vocês. E além do mais, olha como o Rick está diferente do adolescente que você conheceu... _ ... ele já está praticamente um homem, enquanto você ainda é uma adolescente. Logo, ele vai encontrar uma nova moça na faculdade e esquecer este romance adolescente que vocês tiveram. _ Julinha ficou arrasada com tudo isto, mas creio que neste caso realmente seja o melhor. _ Com certeza é melhor, papai!!! Ao menos nem tudo foi perdido...